Discutir ações preliminares para o lançamento e a reedição da Rota Turística Internacional Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico, foi o principal foco da reunião, promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio-AC), por meio do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), além da Secretaria Adjunta de Turismo da Sedec-MT, do Sebrae, gestores públicos e empresários do trade turístico dos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A reunião ocorreu na sede da Fecomércio MT e integra a programação da Feira Internacional de Turismo do Pantanal de 2025.
Durante a reunião foram discutidos os desafios, as oportunidades e os caminhos para o fortalecimento da Rota, que tem como eixo a estrada do Pacífico-Carretera Interoceânica, conectando a Amazônia, o Pantanal, a Cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico. A Rota funciona como uma ponte logística, turística e econômica entre o Brasil e os países vizinhos. Os participantes do encontro trataram de estratégias visando o fortalecimento do turismo de integração continental, ampliando mercados, oportunidades e promovendo o desenvolvimento econômico sustentável.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou que a retomada da Rota reafirma o compromisso do Sistema Comércio e demais parceiros no debate sobre o turismo de integração continental e desenvolvimento sustentável e fortalece as conexões entre setores produtivos, empresários, gestores públicos e privados dos estados envolvidos “A Rota bioceânica que sai do Pantanal e chega ao Pacífico é fundamental. Com este encontro, já demos um grande passo. Vamos conversar com o governador Mauro Mendes que tem toda disposição para ajudar a alavancar o turismo. Sem dúvida nenhuma, esta Rota será um ponto de partida para a integração da nossa região, e tem todo apoio da Fecomércio”, assegurou.
Na ocasião, foi anunciado o lançamento da Rota Turística Internacional Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico, em setembro, na capital do Acre, Rio Branco, e posteriormente nos demais estados.
O secretário executivo do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade-Cetur do Acre, João Bosco Nunes, frisou a importância do envolvimento de toda a cadeia produtiva do turismo, do Sebrae e demais entidades. Ele destacou o apoio das secretarias estaduais de Turismo, que são fundamentais para a articulação com os governantes, visando a promoção da Rota e a melhoria da infraestrutura.
“O momento é de união, precisamos resolver os gargalos que ainda existem com as fronteiras. São necessárias ações junto à Receita Federal, Ministérios da Agricultura e do Turismo. Já temos duas linhas terrestres operando para o Peru, mas precisamos de mais linhas aéreas, principalmente na Região Norte e entre os estados inseridos na Rota”, assinalou.
A secretária adjunta de Turismo do estado, Maria Leticia Arruda de Morais, destacou o trabalho dos estados empenhados na Rota Turística Internacional Pantanal, Amazônia, Andes e Pacífico e lembrou os benefícios que ela proporcionará. “Mato Grosso que detém o bioma Pantanal e será destacado nesta grande oportunidade de promoção do turismo”, frisou.
O empresário e consultor Cassiano Marques de Oliveira afirmou que a Rota é uma oportunidade para todos e informou que já foi realizado um diagnóstico com ações que vão fortalecer ainda mais a integração com a proposta de desenvolvimento do turismo. Segundo ele, é necessário revisitar tudo que foi feito e ajustar os pontos essenciais para a nova fase da Rota, com ações institucionais de governança para superar a burocracia, além de melhorar a área promocional para ampliar o fluxo turístico.
“Temos que buscar os turistas do outro lado da fronteira, mas temos de superar as dificuldades bilaterais que ainda existem e que sejam feitos acordos entre os governos. A Bolívia, que está no Mercosul, deve ser buscada para integrar a Rota, mas é preciso resolver os trâmites burocráticos em relação a circulação de veículos, seguros, horários de funcionamento na fronteira”, observou.
A superintendente do Sebrae, Lélia Brum, reforçou a importância da Rota que poderá reduzir custos e encurtar distâncias, além de mostrar a potência do turismo de Mato Grosso, fortalecendo a proposta de integração. Segundo ela, vivência turística, vai muito além. “Quando um turista leva uma lembrança da nossa região, seja uma castanha, mel ou cosmético natural, ele está valorizando a produção da agricultura familiar. Esta Rota rumo ao Pacífico gera impacto”, assinalou.
Participaram da reunião representantes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Federação da Indústria de Mato Grosso (Fiemt), Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Sindicato dos Guias de Turismo, secretaria de Turismo de Cuiabá, além da comitiva do Acre, com representantes do Sebrae, secretaria estadual de turismo e empresários do trade turístico.
