Com variação de -0,44%, a primeira semana de agosto registrou o sétimo recuo consecutivo no custo da cesta básica em Cuiabá, que atingiu o valor médio de R$ 744,25. A permanência da queda no custo do mantimento é o maior verificado de forma contínua na série histórica, apurada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) desde março de 2022. Além disso, tal situação contribuiu para deixar o preço atual menor em 0,01% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou o momento positivo para o consumo, observado na pesquisa, em razão das consecutivas quedas no preço da cesta. “Este é o menor valor desde dezembro de 2023, o patamar atual da cesta básica é muito positivo para a organização das famílias e para a verificação dos custos de vida na capital mato-grossense, assim como o período atual mostra uma variação anual abaixo, o que pode ser consequência da volatilidade concentrada em alguns alimentos”.
Segundo análise do IPF-MT, a cesta saiu de R$ 813,22 na terceira semana de junho para os atuais R$ 744,25. O mantimento na capital tem acumulado uma queda 8,48% em seu valor médio, favorecendo o consumo no período.
A variação nominal de menos R$ 3,28 no custo da cesta, observada nesta semana, foi puxada, principalmente, pela forte queda no custo da batata, que apresentou recuo de 10,46%. Em diminuição pela terceira semana consecutiva e alcançando um valor médio de R$ 7,83/kg, a retração pode estar relacionada à intensificação das atividades de colheita na safra de inverno, que elevaram a oferta e qualidade dos tubérculos.
Outro alimento da cesta cujo custo vinha em queda é o tomate, mas nesta semana apresentou alta de 1,07% e chegou ao valor médio de R$ 5,40/kg. O clima mais frio pode estar impactando no preço do produto, além do fim do período de colheita em algumas regiões produtoras também contribuem para elevação do produto nos mercados.
O preço médio do café apresentou um aumento de 1,07% na primeira semana do mês, chegando a R$ 19,10/500g, o que também pode estar ligação a fatores climáticos que restringem a produção. As dinâmicas sobre o preço do café, que na comparação anual está 19,99% acima do averiguado atualmente, confirmam as perspectivas do mercado internacional, que tem sofrido com a redução da oferta do produto, juntamente com o aumento da demanda e, com isso, causando a elevação das cotações.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, ressaltou a elevação de preço de alguns itens no comparativo anual, mesmo com as consecutivas quedas observadas nas últimas semanas. “Mesmo com o recuo no preço de seis dos 13 dos itens componentes da cesta básica cuiabana, alguns alimentos têm apresentado aumentos significativos no comparativo com o mesmo período do ano passado, como a batata, o café, o arroz e a banana, que cresceram 56,47%, 19,99%, 18,61% e 6,93%, respectivamente”.