A última reunião mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada no dia 12 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ), discutiu o possível fim da unicidade sindical no Brasil, o que permitiria que mais de uma entidade representasse uma categoria em regiões específicas do país.
O tema é estudado pela equipe econômica do governo federal, para, então, ser apresentado no Congresso Nacional, como proposta de modernização trabalhista. Tal medida acabaria com a limitação da criação de sindicatos, objetivando o aumento da concorrência.
O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, que também responde como diretor da CNC, disse que os sindicatos, tanto patronal quanto laboral, devem se unir contra a proposta do governo. “A pluralidade sindical enfraqueceria os segmentos e tornaria ainda mais difíceis as negociações coletivas, prejudicando, assim, as conquistas já alcançadas com a reforma trabalhista”.
Já o próprio presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirma que “a proposta de adoção da pluralidade sindical, tal como está sendo apresentada e discutida, representaria o fim do sistema confederativo e deve ser firmemente contestada pelas entidades sindicais empresariais”.
A recomendação da Confederação é que os líderes e entidades que compõem o Sistema S do comércio se posicionem contra a ideia do pluralismo sindical, da forma como ele está sendo apresentada. “Imaginem o dono de uma empresa, seja indústria ou comércio, tendo que negociar com vários sindicatos, alguns até da mesma categoria. Seria uma torre de babel”, alertou o 1º vice-presidente da CNC, Valdeci Cavalcante.
Reconhecimento nacional
Outro assunto debatido durante a reunião foi o planejamento das ações de comunicação. O gerente executivo de Comunicação da CNC, Elienai Câmara, apresentou as medidas que estão sendo realizadas de forma integrada com as federações, o Sesc e o Senac. No ato, o presidente da Fecomércio em Mato Grosso recebeu elogios pela atuação dentro do estado.
