IPF-MT apresenta pesquisa com panorama turístico de municípios da região metropolitana de Cuiabá

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O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio em Mato Grosso (IPF-MT) divulgou durante coletiva de imprensa, ocorrida nesta quarta-feira (16), a pesquisa “Panorama turístico de municípios que compõem a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá”, em que mostra a sua relevância para a economia local e como o setor se comporta no atual cenário. A pesquisa solicitada pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade de Mato Grosso (Cetur-MT) foi realizada nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço, Nobres e Poconé.

A presidente do Cetur-MT, Alcimar Moretti, destacou a importância da realização do levantamento. “Nunca foi realizada uma pesquisa tão rica abrangendo uma região do estado e isso dá um norte para que empresários e gestores públicos possam atuar. Entretanto, ao mesmo tempo, preocupa pelos resultados que apresentaram. Apesar de o mercado estar reprimido, devido à pandemia de Covid-19, são vários os problemas enfrentados, como a falta de infraestrutura e a mão de obra qualificada”.

A pesquisa realizou um levantamento sobre a economia do turismo, buscando dados oficiais do setor, bem como apresentou projeções que ajudam a identificar o peso dos serviços na economia local. Além disso, uma pesquisa de campo foi realizada com turistas e operadores do turismo nessas regiões, 628 pessoas no total, identificando percepções e expectativas para o setor.

Entre elas está a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do turismo na região em 2021, que deve ser de 886 milhões de dólares, segundo o próprio IPF-MT. Além de uma ocupação profissional ligada ao setor em torno de 40,4 mil trabalhadores, de acordo com dados do IBGE.

O diretor de Pesquisas do IPF-MT, Maurício Munhoz, destacou a influência do setor na contribuição do PIB do estado. “Apesar de o turismo influenciar em mais de 570 segmentos, o setor contribui com apenas 1,5% do PIB em Mato Grosso, diferente do estado vizinho Mato Grosso do Sul, onde o turismo contribui com até 5% do Produto Interno Bruto. O que precisa ser feito para melhorar este número é trabalhar uma estrutura envolvendo o poder público e o trade turístico no estado e o Cetur-MT vem justamente para estreitar essa relação”.

A professora e turismóloga Ângela Carrion, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (Campus Cuiabá Cel. Octayde Jorge da Silva), parabenizou o IPF-MT pela realização da pesquisa. “Este estudo será mais uma ferramenta que nos possibilitará melhorar a atuação do turismo no estado. Ainda assim, sentimos muita falta de políticas públicas que contribuam com o desenvolvimento do setor, seja em nível municipal ou estadual”, enfatizou.

Alcimar Moretti, ao final da coletiva, reforçou o papel da Fecomércio-MT com a criação do conselho. “Por meio do presidente José Wenceslau de Souza Júnior, que na sua gestão criou o Cetur-MT, o setor voltou a ser visto dentro do estado, além isso, temos conseguido centralizar as discussões nesta entidade e aproximado cada vez mais o trade turístico e o poder público para alavancar o turismo”, explicou.

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