A Feira Internacional de Turismo do Pantanal (FIT Pantanal) de 2025 foi encerrada no domingo (08), no Centro de Eventos Pantanal, deixando um legado de otimismo e negócios para o setor. Ao longo de quatro dias, o evento funcionou como a principal vitrine das potencialidades turísticas de Mato Grosso, reunindo 40 municípios que expuseram a diversidade de suas belezas naturais, manifestações culturais e produtos locais.
Os estandes, organizados pelas prefeituras municipais, ofereceram ao público uma imersão detalhada nos atrativos de cada região do estado. Por meio de vídeos em telas de alta definição, farto material publicitário e interação com representantes locais, os visitantes tiveram um panorama completo das oportunidades de viagem. O evento destacou-se por apresentar destinos consolidados e por revelar o potencial da agricultura familiar como um produto turístico integrado.
A gastronomia e o artesanato foram pontos de destaque na FIT Pantanal 2025, oferecendo aos visitantes uma experiência sensorial com os produtos da agricultura familiar. Nos corredores da feira, foram realizadas degustações de itens como mel, castanha, queijos artesanais e doces regionais. O município de Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital do estado, atraiu atenção especial com a oferta da bebida “canjinjin”, um fermentado de valor histórico e cultural que foi muito apreciado pelo público.
Paralelamente, o artesanato local foi exibido em sua plenitude. Peças em cerâmica, madeira, palha e tecidos demonstraram a habilidade dos artesãos mato-grossenses e a forte conexão de seus trabalhos com a identidade cultural das comunidades. A exposição desses produtos reforçou o artesanato como um importante ativo econômico e um elo com as tradições do estado.
O ecoturismo, principal produto de exportação do turismo mato-grossense, foi o grande protagonista da feira. Poconé, posicionado como o portal de entrada do Pantanal, reforçou a imagem da região como um santuário ecológico de importância global, promovendo a observação da vida selvagem.
Outros destinos de natureza também tiveram grande visibilidade. O município de Nobres promoveu suas atividades de flutuação e mergulho em rios de águas cristalinas. Juscimeira e Chapada dos Guimarães expuseram o potencial de suas cachoeiras e formações rochosas. As baías de Siá Mariana e Chacororé, em Barão de Melgaço, foram apresentadas como destinos para o turismo contemplativo. A representação da Amazônia mato-grossense ficou a cargo de Alta Floresta, enquanto Curvelândia destacou a espeleologia em suas cavernas. Barra do Garças, com sua oferta combinada de águas termais e turismo místico, também marcou presença.
A agenda cultural do evento foi robusta e diversificada. O município de Cáceres aproveitou a feira para lançar oficialmente mais uma edição do seu Festival Internacional de Pesca Esportiva (FIPe), um dos maiores do mundo. Sinop também promoveu seus festivais, focados na pesca de grandes espécies.
O palco cultural da FIT recebeu apresentações que refletem o mosaico étnico do estado. Houve exibições das danças tradicionais cuiabanas, o Siriri e o Cururu, por Santo Antônio de Leverger. Em contraste, municípios do norte do estado apresentaram danças gaúchas e quadrilhas juninas. A cultura indígena foi um ponto alto, com apresentações diárias de danças por representantes de Tangará da Serra, Confresa e Campo Novo do Parecis.
Até mesmo o agronegócio foi integrado à temática turística. Municípios como Sorriso e Primavera do Leste, líderes da produção agrícola nacional, mostraram como a força de seus campos também pode ser um atrativo para o turismo de negócios.
A avaliação geral é que a FIT Pantanal 2025 cumpriu seu objetivo de consolidar a imagem dos destinos turísticos do estado e de fomentar a economia local. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), Wenceslau Júnior, comentou os resultados do evento.
“A participação massiva e qualificada dos municípios de Mato Grosso na FIT Pantanal superou todas as nossas expectativas. Vimos aqui a prova de que o turismo, quando bem estruturado e promovido, é uma das mais poderosas ferramentas para o desenvolvimento social e econômico. Cada estande contou uma história de sucesso e potencial. O que fizemos foi criar a conexão entre essa oferta rica e a demanda de um mercado ávido por experiências autênticas. O legado desta feira será sentido por muito tempo, na forma de novos negócios, mais visitantes e um orgulho renovado por tudo o que Mato Grosso tem a oferecer”, declarou o presidente.
