Endividamento atinge sete em cada dez famílias em Cuiabá; inadimplência recua

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT), mostrou que 70,3% das famílias cuiabanas iniciaram janeiro de 2022 com contas ou dívidas parceladas. O índice atual está 1,3 ponto percentual menor que o registrado no mês anterior (71,6%) e inferior 2,4 pontos percentuais no comparativo com janeiro do ano passado (72,7%).

O ritmo de queda também pode ser observado no número de famílias inadimplentes, onde 32,2% afirmaram estar com dívidas em atraso e, dessas, apenas 7,7% disseram que não terão condições de pagá-las neste início de ano. O percentual é menor se levarmos em consideração o mês de janeiro de 2021, quando atingia 35,5% e 11,7%, respectivamente.

Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ambos os cenários podem significar um sinal positivo para a economia. “É sempre bom lembrar que o fato de as pessoas estarem endividadas não é, necessariamente, negativo. Usar o cartão de crédito, por exemplo, é algo normal e até importante para a economia, afinal é usado para ampliar o consumo”, explicou.

Está modalidade de consumo figura como o principal tipo de dívida das famílias em Cuiabá, chegando a 75,7%. Para àquelas que ganham mais de 10 salários-mínimos, além de estarem mais endividadas, segundo a pesquisa, o uso do cartão de crédito representa 90,3% delas.

Mesmo assim, a pesquisa mostra que são as famílias que recebem até 10 s.m. que estão encontrando dificuldade para pagar as contas. Quase a metade dos entrevistados (48,8%), afirmaram estar nesta condição, contra apenas 19,4% das famílias que recebem acima disso.

É o que destaca o diretor de Pesquisas do IPF-MT, Maurício Munhoz, sobre o risco do descontrole orçamentário familiar, o que pode ser muito prejudicial tanto para as famílias quando para a economia. “O que preocupa é quando o nível do endividamento é muito alto. Isso sim pode gerar um desequilíbrio, o que pode levar à inadimplência”, concluiu.

Com relação à parcela da renda familiar comprometida com dívida, a pesquisa atual atingiu 24,3%, índice inferior ao observada no mês anterior (25,3%) e acima do registrado em janeiro do ano passado (22,2 %).

Parave r a pesquisa, clique AQUI.

O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

 

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