A pesquisa de fevereiro que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT), apresentou primeira queda depois de cinco meses de alta, atingindo 72,8 pontos (-0,9%).
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que o resultado na capital está 0,3 ponto percentual maior que a média nacional e que, “assim como no país, a população cuiabana e mato-grossense continua cautelosa para o consumo, especialmente diante das incertezas econômicas”, disse o presidente.
A crise provocada pelo novo coronavírus tem feito a pesquisa apresentar resultados negativos no comparativo com o período pré-pandemia, que chegou a -11,6% sobre fevereiro passado (82,3 pontos). O recuo dos indicadores também ocorreu nas famílias com renda de até 10 salários mínimos e para as que recebem acima disso.
Ainda segundo Wenceslau Júnior, as famílias em Cuiabá têm uma percepção do mercado de trabalho de segurança em relação a manutenção do emprego, diferente se comparado a longo prazo, que registrou uma variação negativa até maior que a média nacional. “Na prospecção para o consumo futuro, a pesquisa apresentou um recuo, de 0,3%, por parte das famílias cuiabanas”.
O indicador do consumo atual teve uma variação positiva de 1,9% e o de perspectiva de consumo -0,3%. No entanto, a análise do IPF-MT afirma que a desaceleração da inflação entre as classes de renda muito baixa e média alta, no início desse ano, apresentados pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) indica que deve haver uma tendência de aumento no consumo das famílias.