A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Cuiabá, do mês de julho, mostra tendência de crescimento para os próximos meses, segundo a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT). A alta mensal de 0,4% sobre o mês anterior a fez chegar a 67 pontos, que também é maior na comparação com julho passado, quando registrou 58,3 pontos. A alta observada foi de 14,9%.
O IPF-MT analisou, ainda, que todos os indicadores apontam para uma elevação do consumo para os próximos meses. A pesquisa serve de baliza, que além da tendência para consumo a curto e médio prazo, mostra recuperação da economia local.
A alta, tanto na variação mensal quanto anual da pesquisa, foi observada nas famílias com renda inferior e superior a 10 salários mínimos. Ainda assim, os números se encontram abaixo de 100 pontos, o que indica uma percepção de insatisfação em termos de emprego, renda e capacidade de consumo.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que apesar dos resultados serem melhores para as famílias mais ricas, aquelas que recebem menos também apresentaram resultados significativos na pesquisa. “Os índices positivos para aqueles que ganham menos são os que mais têm ajudado a puxar a intenção de consumo para cima, em especial o de bens duráveis, como carros, televisores, geladeiras e outros”.
Wenceslau Júnior afirma que este resultado reflete os demais números já divulgados pela entidade. “O aumento no Índice de Volume de Vendas no varejo e na prestação de serviços no estado, dados do Banco Central do Brasil, reforçam a melhora na intenção de consumo neste curto e médio prazo”.
No entanto, a análise do IPF-MT mostra preocupação com relação à segurança do emprego, sob o ponto de vista do empregado. 11,9% dos entrevistados se declararam desempregados, o que confirma a percepção de insatisfação observada na pesquisa.