Depois de registrar duas quedas mensais da pesquisa que monitora o nível de confiança do empresário do comércio (Icec) em Cuiabá, março apresentou leve melhora e atingiu 123,4 pontos contra os 122,6 do mês anterior, alta de 0,7%, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com o Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio em Mato Grosso (IPF-MT). No entanto, a variação anual da pesquisa está 7,8% inferior se comparado a março de 2020, quando somava 133,8 pontos.
A coleta dos dados da pesquisa ocorreu nos 10 últimos dias do mês de fevereiro, quando os empresários manifestaram o nível de confiança para o mês de março. Os componentes que avaliam as condições atuais da economia e do comércio tiveram resultados negativos na pesquisa de março, de 2,9% e de 0,7%, respectivamente. De acordo com a análise da Fecomércio-MT, o aumento de casos em todo país e as implementações de medidas restritivas podem ter contribuído para o aumento da desconfiança do setor.
O presidente da Federação, José Wenceslau de Souza Júnior, explica que há necessidade de agilizar a vacinação, além da tomada de decisões que preservem a manutenção das empresas em todo estado. “Encaminhamos ofício ao governador do estado propondo medidas que amenizem os impactos nas atividades econômicas do estado, entre elas, está maior prazo para o recolhimento de impostos, prorrogação de validade de certidões, redução ou isenção de taxas e financiamentos com baixo custo”, informou ele.
Propensão a investir
A pesquisa apresentou aumento para o componente que mede a expectativa do empresário do comércio, de 0,9% sobre o mês anterior, alcançando 161,1 pontos, e de investimentos futuros, que apresentou alta de 1,9% no mês e atingiu 111,5 pontos. Ainda assim, os dados atuais também são inferiores se comparados a março passado, quando registravam 168,7 e 117,3 pontos, respectivamente.
Questionados sobre a expectativa de contratação de funcionários, dos 181 empresários entrevistados na capital, 80,6% disseram que vão aumentar o quadro de colaboradores e 19,3% afirmaram que irão reduzir.