Comércio e serviços respondem pela maioria dos empregos gerados no estado em 2023

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Com saldo de 40.726 novos postos de trabalho criados no decorrer do ano passado, os setores do comércio e de serviços em Mato Grosso correspondem por 59,8% do total gerado. Os dados divulgados pelo Novo Caged/MTE mostram que todos os setores apresentaram saldo positivo, ou seja, registrando mais admissões do que demissões.

Entre os municípios mato-grossenses, a capital Cuiabá apresentou o maior saldo, com cerca de 7,5 mil admissões a mais que demissões, seguido de Rondonópolis com pouco mais de 3,9 mil. Várzea Grande com 2,7 mil admissões e Sinop com 2,5 mil aparecem em seguida. Os dados mostram, ainda, que vinte municípios do estado apresentaram saldo negativo.

No Centro-Oeste, Mato Grosso figurou atrás apenas de Goiás, que mostrou o maior saldo para o ano, com 50.276. Distrito Federal contabilizou 36.968 e Mato Grosso do Sul atingiu 27.986. Somando o saldo na região, observou-se um total de mais de 155 mil, número superior a região Norte do país.

No entanto, conforme análise do Instituto de Pesquisa da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o valor atual está 27,65% menor que o saldo verificado em 2022 e 41,51% inferior que o registrado em 2021. Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o resultado pode ser reflexo da desaceleração econômica após o período pandêmico.

“É possível observar que Mato Grosso continua aumentando seus empregos formais, mesmo sendo em ritmo menos acelerado que em anos anteriores, considerando fatores econômicos que buscam equilibrar as distorções do período da pandemia, como a taxa de juros em patamar elevado”, enfatizou o presidente.

O setor de maior destaque e contribuição para o saldo positivo foi de serviços, com saldo de 17.286 no ano, seguido da indústria com 7.839 e comércio com 7.077. O setor agropecuário apresentou saldo de 6.158 e construção aparece com 2.366. Com isso, foi possível observar, segundo análise do IPF-MT que os crescimentos de estoque, em relação a 2022, são de 6,14% para serviços, 5,97% para indústria, 5,58% para construção, 4,23% para agropecuária e 3,03% para comércio.

Wenceslau Júnior destaca que o desempenho positivo dos setores corrobora para “um ciclo de aumento na renda das famílias, com destaque para o comércio e serviços que em 2023 representaram juntos 60% do saldo entre admissões e demissões e 62% do estoque total de empregos formais”.

O estoque de empregos no estado fechou em 874.870 postos de trabalho, com Cuiabá sendo responsável por 23% desse total. Os municípios com maior participação e seguindo a tendência do saldo são Rondonópolis, que tem a segunda maior participação com 8%, além de Várzea Grande e Sinop, com 6% de participação cada. Na comparação com o ano anterior, o estoque de 2023 é 4,88% maior e está concentrado em 62% no comércio e serviços, 17% na agropecuária, 16% na indústria e 5% na construção.

“Os empregos formais são importantes para entender o comportamento do mercado de trabalho, assim como compreender a tendência em que a economia, como um todo, tem se mostrado, já que ele indica se a circulação de renda tem sido favorecida”, conclui o presidente da Fecomércio-MT.

O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

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