Campanha da Fecomércio-MT conta histórias de superação contra o câncer de mama

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Em todo mês de outubro, desde 2002, o Brasil dá uma atenção especial às mulheres para um tema muito sensível e que ainda provoca dezenas de milhares de mortes no país: o câncer de mama. Para reforçar a ideia de prevenção e autoconhecimento, a Fecomércio-MT desenvolve a campanha ‘É preciso falar sobre o câncer de mama’ em suas mídias sociais, onde conta histórias de superação e, em especial, da força de vontade de viver de mulheres vítimas da doença.

Duas colaboradoras do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT participaram do vídeo da campanha. Marli Alexandrina, 45 anos, que atua no Senac, disse que acredita que a causa de seu câncer ocorreu devido a um trauma emocional, que foi provocado com a morte de seu pai. “Foi um período muito difícil, mas entre desistir e enfrentar, escolhi enfrentar a doença”, conta ela.

Já para Ceres Salomoni, 49 anos, o fato de sua mãe ter sido diagnosticada com câncer em estado terminal foi um gatilho para procurar o médico e fazer um check up. “Na época, foi encontrado um nódulo, mas não havia registro na medicina para o meu caso. Foram seis meses de muita luta, a reação à quimioterapia foi muito forte, mas contei com apoio da família, dos meus colegas de trabalho e consegui superar a doença”, disse a colaboradora do Sesc-MT, que trabalha na instituição há 27 anos.

Segundo a ‘Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil”, do Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde, o câncer é o principal problema de saúde pública no mundo e já está entre as quatro principais causas de morte prematura na maioria dos países. Já o da mama é o terceiro tipo mais frequente no planeta e o segundo no Brasil. A doença deve registrar, entre 2020 e 2022, 66 mil novos casos por ano e o número de óbitos em torno de 16 mil também por ano.

Além dos casos hereditários, que atingem cerca de 10% das mulheres, e do fator envelhecimento, outros fatores ganharam destaque nas últimas décadas (questões ambientais ou comportamentais), como sedentarismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e sobrepeso. Além disso, estudos mais recentes da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, associam fatores emocionais ao surgimento de vários tipos de câncer.

A Fecomércio de Mato Grosso também ouviu a cirurgiã plástica, Dulciyara Lopes, que falou dos principais fatores que tem levado ao aumento de casos de câncer na população. “A mudança do homem do campo para a cidade é um dos fatores, com maior incidência do câncer de mama em mulheres que vivem na cidade do que nas que vivem na área rural. Apesar de não existir comprovações oficiais, acredito que a doença está relacionada à alterações emocionais e psicológicas ocorridas ao longo do tempo”, afirmou.

A médica, que exerce a medicina há 30 anos, enfatizou que as mulheres devem adquirir o hábito do autoexame. “Para evitar surpresa, recomenda-se que a mulher realize o autoexame durante todo o ano para verificar se encontra alguma anormalidade. Além, claro, de procurar o seu médico ginecologista periodicamente”, disse ela.

De acordo com o Inca, há vários tipos de câncer de mama. A doença pode evoluir de diferentes formas, alguns de forma rápida, enquanto outras crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem às características próprias de cada tumor. O problema também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

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