O valor da cesta básica na capital mato-grossense voltou a registar aumento no preço na segunda semana de junho sobre a primeira, de 0,84%, atingindo um custo de R$ 758,70. O aumento nominal de R$ 6,17 foi puxado por seis dos 13 itens que compõem a cesta. O levantamento do indicador, apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), mostrou, ainda, que o mantimento está 6,97% maior que o observado no mesmo período do ano passado, quando custava R$ 709,28.
O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destacou os dois principais itens que contribuíram para o aumento no preço da cesta na semana. “Mesmo com a alta da cesta básica cuiabana, a maior parte dos alimentos apresentam queda em seu preço médio, como a carne bovina, o leite, o arroz e o feijão, com alto peso no crescimento ligado a apenas dois alimentos, a banana e a batata”.
O tubérculo apresentou variação positiva de 7,42% no preço médio e segue tendência de alta observada nas últimas duas semanas. Segundo análise do IPF-MT, o clima chuvoso nas regiões produtoras de batata prejudica a colheita e o período de entressafra restringem a oferta do tubérculo nos mercados, o que pode estar contribuído para o aumento em seu preço.
Já a banana exibe alta de 6,23% em seu valor médio. Ainda conforme o Instituto, as temperaturas amenas nas regiões produtoras, o que acaba retardando a maturação da banana, resultam em uma menor disponibilidade da fruta, podendo ter influenciado no aumento dos preços nas gôndolas. No comparativo com o mesmo período de 2022, o fruto apresenta uma valorização de 63,02% no seu custo.
Com forte tendência de queda, o óleo de soja voltou a recuar nesta semana, com variação negativa de 2,53% em seu preço médio. Os preços baixos são pautados pela alta produção de soja, que pressionaram as cotações e contribuíram para um custo menor para a produção de seus derivados, além do favorecimento do biodiesel na cadeia do óleo. Com relação ao mesmo período do ano passado, a diminuição no custo do óleo de soja é de 36,51%.
Cunha conclui, ainda, que “os produtos em tendência de baixa são importantes na alimentação da população, o que favorece a manutenção ou aumento no consumo dos mesmos”.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.