O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) analisou os dados de março da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) e verificou que 83,3% das famílias em Cuiabá estão endividadas, o que representa um aumento de 1,3 ponto percentual no comparativo com o mês anterior. O índice atual também está 14,74% maior no comparativo com o mesmo mês do ano passado, quando atingia 72,6%.
O aumento no endividamento vai na contramão da inadimplência, uma vez que as famílias têm honrado suas dívidas. O indicador segue tendência de queda e já se encontra em níveis pré-pandêmicos, atingindo apenas 24,8% das famílias cuiabanas, diminuição de 1,6% sobre o mês anterior, o menor da série histórica desde julho de 2012.
O presidente da Fecomércio-MT e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Wenceslau de Souza Júnior, destaca o bom momento para o consumo. “O aumento no endividamento reforça o crescimento na geração de emprego, o que também contribui na capacidade que as famílias têm de quitar suas dívidas, uma vez que mais dinheiro circula dentro do estado”.
Segundo análise do IPF-MT, dentre os inadimplentes, 5,8% afirmam que não terão como pagar as contas em atraso, índice 1 ponto percentual menor do que o observado no mês março do ano passado e que também segue tendência de queda desde o fim do ano passado.
O principal tipo de dívida foi do cartão crédito (81,2%), seguidos dos carnês (34,3%). Outras dívidas mais lembradas pelos entrevistados na pesquisa são financiamento de carro e de casa (3,3%), além do cheque especial e crédito pessoal (1,8%).
A média de dias de atraso no mês de fevereiro é e 46 dias, redução de um dia ante ao mês passado, que era de 47. Dessa forma, Cuiabá ainda possui tempo de dívida em atraso abaixo do averiguado nos números nacionais, que tem média de 63 dias.
O Sistema S do Comércio, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF em Mato Grosso, é presidido por José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.