O mês de setembro registrou o segundo aumento semanal no preço da cesta básica cobrado em Cuiabá, fazendo com que o produto voltasse a ficar próximo dos 700 reais. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT), a alta de 0,63% sobre a primeira semana de setembro fez com que a cesta custasse nos mercados da capital R$ 698,33, ou seja, R$ 4,35 a mais no comparativo com a semana anterior.
Ainda segundo o Boletim Semanal, divulgado semanalmente pelo IPF-MT, o aumento no preço da cesta básica foi influenciado, principalmente, pela batata, sendo este um dos nove itens que demostraram crescimento de preço, do total de 13. Este item, após sofrer três quedas consecutivas no seu valor, apresentou um aumento de 16,79% na semana atual.
O diretor de Pesquisas do IPF-MT, Igor Cunha, que também responde pela superintendência da entidade, explica que o aumento no preço do item pode estar associado à redução da oferta do produto no atacado, o que aumenta seu valor nos mercados. “A batata foi uma das maiores impulsionadoras da alta no valor da cesta básica nesta semana. O vegetal sofre grande influência climática em sua cadeia, assim como a tomate, o que pode resultar nas oscilações e a redução da oferta para o consumidor”.
Outro item em alta é o tomate, com um aumento de 4,21% no comparativo semanal, registrando a terceira semana de alta consecutiva em seu valor, acumulando 13,36% no período. O motivo, ainda segundo o Instituto, pode estar ligado à desaceleração das colheitas de inverno, reduzindo, assim, a oferta do produto no varejo.
Mesmo com o aumento auferido, o valor da cesta básica continua abaixo dos R$ 700,00, uma vez que a estabilidade no valor da cesta básica é importante para a manutenção do consumo da população cuiabana.
“Apesar de o aumento, de cerca de 0,60%, a estabilidade abaixo dos 700 reais gera bom cenário para o consumo, já que os alimentos têm grande peso no orçamento das famílias. Levando em consideração a diminuição nos preços dos combustíveis, a cesta básica tende a se manter estável, o que favorece a organização de renda dos consumidores”, concluiu Igor Cunha.
Na semana atual, 31% dos alimentos tiveram queda, podendo estar associados, em sua maioria, ao mercado internacional e a disponibilidade do produto no mercado, além do leite, que tem sofrido oscilações devido ao cenário desse segmento produtivo.