A primeira semana de agosto iniciou com mais um recuo no valor da cesta básica cobrado em Cuiabá. A retração de -0,64% fez com que os itens considerados essenciais para a subsistência de uma família de até quatro pessoas custasse, em média, R$ 704,96, contra os R$ 709,49 cobrado na última semana de julho. A redução foi um reflexo na queda de 69% dos alimentos que compõem a cesta.
A cesta básica se mantém no patamar dos R$ 700,00, indicando estabilidade, mesmo com oscilações de determinados produtos, o que pode ajudar no planejamento de consumo das famílias.
O leite, responsável pelos consecutivos aumentos no preço da cesta desde o fim do mês de marco, apresentou a primeira queda no preço, de -1,55%. Já a manteiga ainda sofre com consecutivos aumentos nos preços, que registrou variação positiva de 1,32% na semana, o que pode estar ligado ao custo de produção e a oferta reduzida nos supermercados.
Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), a redução no preço do leite pode estar relacionada a redução no consumo do produto, assim como da diminuição da produção diante dos custos e condições do mercado.
Já o diretor de Pesquisas do IPF-MT e superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, destacou a redução no custo do combustível como reflexo na queda do preço da cesta em Cuiabá. “A maior parte dos produtos apresentaram recuo na semana, o que pode estar associada à redução no preço dos combustíveis, que abrange diversas cadeias produtivas”.
Entre os produtos que tiveram queda, o óleo de soja, que registrou o sexto recuo consecutivo no preço, apresentou retração de -2,46% na semana. De acordo com análise do instituto, o menor preço do item pode estar associado à diminuição no custo de óleos substitutos, como a banha, assim como a menor influência do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O tomate também puxou para baixo o custo da cesta na capital, com retração de -1,92% no seu valor de uma semana para outra, que, inclusive, já contabiliza o quarto recuo consecutivo, visto que houve o aumento da oferta do produto no atacado.