IPF-MT analisa aumento de índices de inflação no país

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (09), os dois principais índices de inflação da economia brasileira, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Principal indicador da inflação no país, o IPCA apresentou um aumento de 0,25% em relação ao mês de dezembro. 

O superintendente do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT, Igor Cunha, explica que o índice tem sofrido uma desaceleração se comparado aos três meses anteriores, quando apresentava um crescimento superior a 0,6%. “No acumulado de 2020, o IPCA teve uma alta de 4,52%. O grupo de alimentação e bebidas foi o que mais contribuiu para essa alta, com um aumento de 1,02% em relação ao mês anterior”, informa.

Segundo ele, a alimentação no domicílio registrou um acréscimo de 1,06%, enquanto a alimentação fora de casa o aumento foi de 0,91%, resultado dos hábitos adquiridos durante a pandemia da Covid-19. “Já o segmento da habitação teve um decréscimo de 1,07%. A maior queda foi a de combustíveis e energia, com uma variação negativa de 3,79%, em função da mudança de bandeira da energia elétrica de vermelha para a amarela no início do ano”, esclarece o gestor, que também responde pela superintendência da Fecomércio-MT. 

De acordo com o IBGE, o segundo maior crescimento no IPCA foi no grupo de artigos de residência, com 0,86%, principalmente por móveis e utensílios com 1,13%. Já o INPC, o superintendente do IPF-MT destaca que o índice também teve um leve aumento de 0,27% no mês, com uma variação acumulada no ano de 2020 de 5,45%. “Os principais itens que afetaram foram alimentação e bebidas com 1,01% de aumento, e habitação com decréscimo de 1,15%, com tendências em paralelo as do IPCA”.  

Análise

As principais diferenças entre o IPCA e o INPC são os escopos de análise. Enquanto o IPCA engloba uma parcela maior da população, pois mede a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos, o INPC compreende apenas as famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos e que, portanto, tendem a ser mais sensíveis a variação nos preços.

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