Confiança do empresário do comércio em Cuiabá tem forte crescimento em agosto e já se aproxima da zona de satisfação

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A retomada da confiança do comerciante em Cuiabá, verificada na pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT), apresentou forte crescimento no mês de agosto, com alta de 18,9% sobre julho passado. Este é o segundo mês consecutivo de melhora após o índice registrar o pior resultado desde o início da realização da pesquisa, que foi provocada pela crise pandêmica do novo coronavírus (Covid-19).

O resultado atual (93,5 pontos) faz com que o índice se aproxime do nível considerado satisfatório, acima de 100 pontos. Ainda assim, o número de agosto de 2020 está 27,4% menor se comparado com o mesmo período do ano passado, quando atingia 128,8 pontos.

 

A retomada econômica no país tem ocorrido de forma gradual, uma vez que a crise foi bastante intensa e atingiu todos os segmentos do comércio durante a pandemia. O presidente José Wenceslau de Souza Júnior afirma que foram os meses de abril e maio o auge da crise e que, agora, o estímulo à retomada das atividades, com a reabertura gradativa do comércio, possibilitará o setor voltar a crescer em sua plenitude.

Melhora conjunta

Assim como no indicador nacional, os três subíndices do Icec também apresentaram alta em agosto na capital. O destaque foi para o que avalia as condições atuais, com alta de 29,4% sobre o mês anterior, saindo de 44,1 pontos para os atuais 57,1. Ainda assim, o índice atual é 45,1% inferior se comparado com o mesmo período do ano passado, quando se encontrava na zona de satisfação da pesquisa, com 104 pontos.

A avaliação dos comerciantes especificamente com relação aos investimentos também chamou a atenção, com crescimento de 19,9%. Entre os indicadores de investimento, a intenção de contratação de funcionários teve crescimento de 35,2% na variação mensal, saindo da zona de insatisfação em julho (75,6 pontos) e entrando em nível de satisfação em agosto (102,3 pontos).

Caminho semelhante seguiu o subíndice que avalia a expectativa do empresário do comércio para os próximos meses, com alta de 14,2% sobre o mês anterior. O subíndice é o maior dentre os três analisados, anotando 132,7 pontos. Das 181 empresas entrevistas, 63,8% acreditam na melhora da economia, o que ajuda a refletir no otimismo dos comerciantes na capital.

“Além disso, apesar das restrições que a covid-19 ainda impõe para as vendas físicas, o varejo tem viabilizado parte do faturamento pelo comércio eletrônico e outros canais digitais”, afirma o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros.

Para a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, com a reabertura gradual e expectativas de melhor desempenho do setor no último quadrimestre, parte dos varejistas já pensa em ampliar as contratações. “O último trimestre do ano concentra a principal data para o comércio, com aumento sazonal das vendas entre novembro e dezembro, o que motiva a contratação de funcionários, mesmo os temporários”, concluiu.

 

 

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