Mesmo conquistando na justiça o direito de funcionar durante o período pandêmico provocado pelo novo coronavírus (Covid-19), o segmento de ópticas do Estado de Mato Grosso ainda assim sentiu os impactos da interrupção das atividades comerciais. O presidente do Sindicato do Comércio de Ópticas de Mato Grosso (Sindióptica-MT), Jodeon Sampaio, explicou em entrevista para o “Segmento Representado” da Fecomércio-MT as dificuldades da classe empresarial em conseguir linhas de crédito para se manter no mercado. Jodeon falou ainda do papel do sindicato neste momento e das ações de fortalecimento em parceria com a Fecomércio, entidade que tem, de fato, desenvolvendo seu papel como entidade defensora da classe empresarial do comércio de bens, serviços e turismo em Mato Grosso.
Quais as dificuldades econômicas a serem enfrentadas pelo segmento de óptico?
O segmento de óptica no estado, na sua maioria, é formado por micro e pequenos empresários e que empregam no máximo três pessoas. Mesmo representando tão pouco perto de outros segmentos produtivos, o impacto foi significativo durante o período em que ficou fechado, pois houve uma queda nos faturamentos, e, infelizmente, a maioria não conseguiu ter acesso aos financiamentos bancários.
Houve procura por parte das empresas filiadas por qual tipo de ajuda neste período, mesmo a atividade sendo considerada essencial?
A maioria queria informações sobre os decretos que eram publicados, sempre pouco esclarecedores e que acabavam por não especificar nossa atividade comercial. Essa questão gerou muitas dúvidas até para nós, principalmente após liminar considerar nossa atividade como essencial e que por muitas vezes não a especificava em suas publicações. Isso, infelizmente, ajudava a afastar os clientes das lojas.
Como o sindicato enxerga a atuação de nossos governantes nas tratativas para superar o atual momento?
Muito ruim. No meu ponto de vista, fizeram dessa situação um palanque para se promoverem, esqueceram das necessidades da população, por saúde e, principalmente, preservação do emprego e renda.
De que forma o sindicato tem atuado para representar o segmento nas demandas políticas?
Jamais alguém consegue algo lutando sozinho, por isso, podemos contar com a nossa grande parceira, a Fecomércio de Mato Grosso, que, sem ela, jamais teríamos algum sucesso nas nossas lutas. A atuação nos diferentes departamentos da entidade tem nos ajudado a mostrar o que os nossos políticos têm realizado e mostrado a toda classe empresarial do comércio em geral.
O que a entidade sindical espera para um futuro próximo?
Sabemos que o momento requer muita atenção e cuidado, mas sabemos também que em meio a toda essa situação, sairemos muito mais fortalecidos. Creio que 2021 será o ano de grande crescimento, pois as expectativas são as melhores possíveis para a economia e, inclusive, para o comércio brasileiro.
Em âmbitos gerais, como o dirigente sindical tem atuado para melhorar sua representatividade?
Temos procurado estar cada vez mais próximo do nosso segmento, percebendo as necessidades do nosso empresariado e buscando sempre auxiliá-los. Um exemplo disso são os nossos cursos e treinamentos disponibilizados onde for preciso, em nossa sede ou em cidades-polos como Tangara da Serra, Rondonópolis e Sinop. Além disso, dispomos de várias parcerias com empresa onde nossos associados conseguem descontos e/ou benefícios exclusivos.
Como a entidade vê a Fecomércio-MT nestes dois anos de gestão e também como a representante máxima do comércio em Mato Grosso?
Hoje podemos chamá-la de nossa Fecomércio, pois, na verdade, ela tem sido uma gigante, uma parceira que, de fato, está desenvolvendo o seu real papel ao lado dos empresários. Além disso, ela tem colocado todo o Sistema S (Senac e o Sesc) para trabalhar junto. Temos conseguido coisas que jamais seriam possíveis sem a Fecomércio, portanto, só temos que agradecer o grande apoio que nos tem dado. Hoje sabemos que temos uma representante da classe empresarial do comércio de bens, serviços e turismo em todo o Estado de Mato Grosso.