Com 87,9 pontos registrados no último mês do ano, a pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Cuiabá, apresentou o melhor desempenho no ano. O índice atual é 2,6% sobre o mês anterior e na comparação com o mesmo período de 2018, a evolução do indicador foi de 10,8%, quando o ICF mostrava 79,3 pontos.
Uma observação sobre a pesquisa é que o índice abaixo de 100 indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo.
Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Fecomércio-MT, nesta quinta-feira (19), a pesquisa apresentou melhora em seis dos sete componentes do ICF: Perspectiva Profissional (1,6%), Renda Atual (3,6%), Compra a Prazo (3,4%), Nível de Consumo Atual (2,1%), Perspectiva de Consumo (4,6%) e Momento para Duráveis (6,4%). Em sentido inverso, apenas o componente Emprego Atual registrou diminuição de -0,8%.
Emprego e renda
Esta foi a segunda retração mensal para o componente que acompanha a situação do Emprego Atual, apresentada pela pesquisa. Ainda assim, ele está 1,5% maior do que o verificado em dezembro passado, atingindo 119,3 pontos. O que avalia a Renda Atual ultrapassou a margem de insatisfação (até 100 pontos) e atingiu 101,1 pontos neste mês. Na comparação com dezembro de 2018, o componente anotava 93 pontos. O aumento observado no período foi de 8,7%.
Consumo
Já o componente que monitora o acesso ao crédito das famílias (Compra a Prazo), além de apresentar aumento mensal, também registrou variação positiva de 23,6% sobre o mesmo período do ano passado, chegando aos atuais 88,9 pontos.
Tal condição também possibilitou monitorar durante o ano o aumento dos componentes Consumo Atual e Perspectiva de Consumo, que apresentaram alta 23,8% e de 20,7%, respectivamente, na comparação com dezembro anterior. O primeiro já atingiu a marca 71,7 pontos e segundo chegou a 74,4 pontos.
Para a Fecomércio-MT, os resultados positivos refletem inflação e juros mais baixos, contribuindo para um cenário otimista durante o ano atual e ainda melhor para o próximo. Segundo levantamento da CNC, é projetado uma alta de 4,6% no volume de vendas para o varejo.