Famílias de Cuiabá aumentam consumo de forma parcelada

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), com recorte para a capital de Mato Grosso, mostra que o percentual de famílias com dívidas parceladas vem aumentando e alcançou em agosto 64,7% (126.751 em números absolutos), contra 64,4% verificado no mês anterior. Essa foi a sétima alta mensal consecutiva e o maior índice de endividamento nos últimos 13 meses.

12,4% dos entrevistados alegaram estar muito endividados, 21,7% mais ou menos endividados e 30,6% pouco endividados. O principal tipo de dívida das famílias em Cuiabá é o cartão de crédito (71,7%) e, em segundo, o carnê (38,1%). O crédito consignado vem em terceiro (8,4%), acompanhado do crédito pessoal (8,3%), em quarto.

Os indicadores são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgados pela Fecomércio-MT nesta terça-feira (17). Neles, observou-se uma queda no número de famílias inadimplentes, 15,9% no mês de agosto, contra 16,2% monitorado no mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice atual é 2,9 pontos percentuais menor (18,8%).

Inadimplentes

Dentre as famílias com contas em atraso, 62.583 em números absolutos, quase a metade (49,7%) não terão condições de pagá-las no próximo mês. Para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos, o percentual é um pouco maior (53,3%).

O tempo médio da conta em atraso está em 72,4 dias. Na pesquisa do mês anterior, esse tempo era de 71,3 dias e em agosto do ano passado, o tempo de atraso era de 79,5 dias.

Tempo com dívidas parceladas

Sobre o tempo comprometido com dívidas, a média da pesquisa revela um leve aumento sobre o mês anterior, de 8 para 8,1 meses. 34,5% das famílias entrevistadas alegaram que possuem dívidas parceladas por mais de um ano. Na comparação com agosto de 2018, o tempo médio comprometido era de 6,5 meses.

A parcela da renda comprometida também apresentou aumento tanto na variação mensal quanto anual da pesquisa, saindo de 16,3% em agosto do ano passado para 19,6% no mês de julho, até chegar a 22,8% em agosto. A pesquisa atual mostra que 39,3% das famílias têm até 10% da renda comprometida e 31,6% delas têm de 11% a 50%, enquanto apenas 9,5% possuem mais de 50% da renda comprometida.

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