O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) já somou até esta sexta-feira (19), o valor de R$ 269 bilhões de reais em todo o país. Esse imposto, que incide sobre as atividades de comércio, prestação de serviços específicos e em industrializações de produtos, e outros impostos fazem do Brasil o segundo da América Latina com a maior carga tributária (33,58%) sobre o PIB (Produto Interno Bruto), atrás apenas de Cuba (41,7%), segundo dados de 2016 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Para se ter uma ideia, somente o valor estimado arrecadado com o ICMS equivale a 19,7% do total arrecadado até esta data no país, que já atingiu o montante de R$ 1.350 trilhão neste ano.
Em Mato Grosso, o valor acumulado por meio do imposto, em 2018, segundo dados da própria Secretaria de Fazenda do estado (Sefaz-MT), foi de R$ 10.224 bilhões. O saldo representa 31,9% do total arrecadado no estado no ano passado, que contabilizou R$ 32.038 recolhidos em tributos.
O total de impostos pagos pelos mato-grossenses somente neste ano, até às 10h, atingiu R$ 18.443 bilhões.
Apesar do montante recolhido em tributos pelos brasileiros à União, aos estados e municípios, um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revela que o Brasil vai na contramão em relação ao retorno dos valores arrecadados em prol do bem-estar da sociedade. Dos 30 países com maior carga tributária, o país fica em último neste quesito.
Toda sexta-feira, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT) divulga o “Boletim Impostômetro” contendo o valor pago de tributos pelos cidadãos.