Na época das obras a mobilidade viária da população nos dois municípios foi prejudicada, e levou também à ruína dezenas e até centenas de empresas que ladeavam as principais avenidas por onde passariam o VLT.
Iniciada em agosto de 2012 e com mais de R$ 1 bilhão já aplicados para o “novo” modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, os trilhos que guiariam o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos dois municípios quase não existem, e os que já foram construídos estão se deteriorando, juntamente com os vagões que estão estacionados no Centro de Controle Operacional e Manutenção, localizado em Várzea Grande e que, por curiosidade, também está se definhando por falta de manutenção.
Na época das obras, a mobilidade viária da população nos dois municípios foi prejudicada, e levou também à ruína dezenas e até centenas de empresas que ladeavam as principais avenidas por onde passariam o VLT – as avenidas da FEB, Tenente Coronel Duarte (Prainha), CPA e Fernando Correa da Costa.
Por isso, o presidente e vice do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT, José Wenceslau de Souza Júnior e Manoel Procópio, respectivamente, esperam que as obras sejam concluídas para que a situação seja revertida e o comércio em Cuiabá e Várzea Grande volte a prosperar com um avançado sistema viário de transporte público para a população de todo o estado e por turistas que aqui passarem.
“Nós apoiamos a retomada das obras e sua conclusão, até porque já foram investidos mais de R$ 1 bilhão e as obras já feitas estão apodrecendo, por falta de manutenção. É notório que o VLT vai melhorar a mobilidade urbana de Cuiabá e Várzea Grande. Além disso, o comércio que ainda existe em torno das obras foi muito prejudicado e por isso, pedem a sua conclusão logo”, disse o presidente José Wenceslau.
Para Manoel Procópio, empresário que possui uma loja na região central de Cuiabá, a conclusão das obras vai trazer enormes benefícios para as duas cidades, com destaque para o centro histórico da capital. “Nós acreditamos que com as obras concluídas, várias empresas que ainda estão se reorganizando, por causa das obras mesmo, terão seus fluxos de clientes reestabelecidos em sua totalidade”.
VLT
Parada desde dezembro de 2014, o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos será composto por duas linhas (Aeroporto-CPA e Coxipó-Porto), com total de 22 km de trilhos e terá 40 composições, com 280 vagões. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros, sendo 72 sentados.
Serão 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração, localizados nas extremidades do trecho, além de uma estação diferenciada onde também poderá ser feita a integração com ônibus.
Para a manutenção de todas as estruturas que compõem o VLT, o governo gasta R$ 16 milhões ao mês.