A Presidência
“As lutas de hoje por um futuro mais justo para o comércio”
José Wenceslau de Souza Júnior
Atenta às novas exigências, por muitas vezes obrigações, que o governo nos impõe dia a dia, a Fecomércio de Mato Grosso continua sua luta por um comércio com menos Estado e que veio a se tornar um problema na vida dos empresários, conforme dizia o 40º presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. “O Estado deixou de ser solução, para ser problema”.
Claro que adaptei essa frase à realidade do nosso setor dentro do estado, o que não deixa de ser menos importante pelo que ele retrata aqui. Um exemplo é o quanto o setor representa do principal imposto recolhido em Mato Grosso, o ICMS. Mais de 66% do montante recolhido do imposto é do setor do comércio, contabilizando mais de 6,7 bilhões de reais pagos somente em 2018.
Esse é um dos vários tributos pagos pela sociedade, que veem o dinheiro saindo e retornando quase que nada em serviços públicos de qualidade. Para você ter uma ideia, o Brasil está entre os 30 países com maior carga tributária no mundo, ocupando, de fato, a 14ª colocação. Agora, quando falamos em retorno desse dinheiro ao bem-estar da população, o país fica na última posição, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), realizado em 2013.
De lá para cá, parece que nada mudou. Um outro exemplo disso é que, ano após ano, o valor arrecadado em impostos só aumenta. O recém-instalado telão do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac/IPF em Mato Grosso passou a mostrar isso à população que transitar por uma das principais avenidas da capital de Mato Grosso.
Nos cinco primeiros meses de 2019, os mato-grossenses recolheram à União, ao estado e municípios, o montante de 14.166 bilhões de reais em impostos, taxas, multas e contribuições. O valor é 7,3% maior do que o registrado no ano passado, quando foi arrecadado, no mesmo período 13.193 bilhões de reais. Um acréscimo de R$ 973 milhões em cinco meses.
Isso mostra que muito precisa ser feito para o Brasil andar no caminho do progresso, do desenvolvimento, tanto daqueles que lutam para empreender em nosso país, como para aqueles que precisam de um comércio saudável para viver suas vidas. E é por isso que estamos aqui, para nos colocar em posição de luta e, juntos, defender a classe que sempre irá gerar mais emprego, renda e recursos para o Estado, mas, para este último, de forma consciente e justa.